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terça-feira, 20 de junho de 2023, às 19:24h.

Você já ouviu falar em neoindustrialização? A expressão ainda é incomum, mas aponta um caminho sem volta para a economia de Santa Catarina e do País. É como uma nova fase da Revolução Industrial que conhecemos nos livros de história, só que adaptada aos tempos modernos. Em vez da exploração desenfreada de recursos naturais e mão de obra na produção de bens simples, esse conceito sustenta a força produtiva em novas tecnologias, inovação, sustentabilidade e responsabilidade social. Estamos falando de inteligência artificial, automação, "internet das coisas" e outras tecnologias emergentes aplicadas a produtos e serviços que entreguem essas vantagens.

Não é um futuro distante. Já notamos a neoindustrialização na prática quando pedimos um lanche ou chamamos um carro por aplicativo, por exemplo. As plataformas digitais conectam produtores e consumidores sem a necessidade de uma infraestrutura tradicional, na chamada economia colaborativa. Temos cada vez mais exemplos de que a neoindustrialização nos convida a incorporar avanços tecnológicos e processos inovadores rumo ao crescimento econômico sustentável e à competitividade em nível global.

Os números demonstram que a indústria está no DNA de Santa Catarina e é preciso avançar nessa direção. Nossa indústria de transformação ficou atrás apenas de São Paulo e do Rio Grande do Sul na geração de empregos nos primeiros quatro meses do ano (18,8 mil vagas). Somos um dos Estados mais industrializados do País (34% dos empregos formais).

A caminho da neoindustrialização, nesta terça-feira (20) vamos anunciar o investimento de R$ 223,1 milhões em obras para ampliar o fornecimento de energia elétrica para o setor produtivo catarinense, beneficiando 11 indústrias neste momento. Com a infraestrutura, 12 projetos de expansão vão sair do papel, aumentando a capacidade produtiva destes empreendimentos e gerando 9,5 mil empregos diretos e indiretos a partir das melhorias. Este investimento volta aos cofres públicos por meio da arrecadação de impostos: serão R$ 160 milhões em ICMS a mais por ano, compensando o valor desembolsado em um curto espaço de tempo.

O aporte em infraestrutura energética acende uma nova luz para a neoindustrialização em SC. O governador Jorginho Mello pensa o Estado daqui a 20 anos e tem uma visão de estadista, com a certeza de que é preciso pensar diferente, fazer diferente para termos resultados diferentes.

Cleverson Siewert
Secretário de Estado da Fazenda
csiewert@sef.sc.gov.br
Publicado no Jornal ND na edição de 20/06/2023