terça-feira, 16 de outubro de 2012, às 19:24h.
Seminário debateu o atual cenário do grande oeste catarinense , e a educação também foi muito destacada quando foi discutida a integração de ações entres as universidades, os setores privado e publico
O secretário de Estado da Fazenda, Nelson Serpa, participou nesta terça-feira (16), em Chapecó, do Seminário “Competitividade e Desenvolvimento” organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) e pela Universidade do Oeste de SC (UNOESC). Realizado no auditório da Unoesc Chapecó, integrou entidades empresariais, Governo, instituições de ensino, agentes de desenvolvimento e empresários.
Os participantes puderam presenciar debates e discussões de vários temas, como por exemplo a perda de competitividade das empresas pela falta de infraestrutura e distância dos grandes centros de consumo, êxodo de jovens, saída de capitais, migração das agroindústrias para o centro-oeste brasileiro, estagnação industrial, deficiência no abastecimento de energia elétrica e de água, aumento dos custos de produção e incapacidade de atração de novos empreendimentos.
Participando do painel “Incentivos”, o secretário da Fazenda Nelson Serpa abordou assuntos relativos a concessão de benefícios fiscais, criados pelo Estado para garantir a competitividade das indústrias instaladas em Santa Catarina. Ele também destacou o desempenho da arrecadação de ICMS por setor econômico, os investimentos para melhorar a competitividade e a carga tributária em relação ao PIB. “Esta foi uma grande oportunidade de reunirmos ideias para ajudar no desenvolvimento das nossas regiões”, expressou o secretário da SEF.
Lideranças empresariais destacaram a necessidade de infraestruturação regional para manter as empresas no oeste, especialmente a construção da ferrovia norte-sul para ligar Chapecó ao Mato Grosso e garantir o suprimento de grãos do centro-oeste brasileiro para as agroindústrias catarinenses e a duplicação da rodovia federal BR-282. Além disso, a malha rodoviária regional está deficitária e prejudica o escoamento da produção. O vice-presidente regional da Fiesc, Waldemar Schmitz, enfatizou o peso dessas deficiências na competitividade das empresas.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Carne de SC (Sindicarne), Clever Pirola Ávila, relatou que Santa Catarina produz carne de qualidade há 40 anos e nesse período conquistou o mercado de 150 países, na condição de maior produtor e exportador de carne de aves e suínos. No ano passado perdeu a posição para o Paraná e padece das dificuldades conhecidas como “custo Brasil”.
O executivo da Coopercentral Aurora Alimento, Rodrigo Santana Toledo, assinalou que a péssima malha rodoviária vicinal regional encarece a produção e impede a modernização da frota com o emprego de caminhões mais econômicos (e quatro eixos) para distribuição de rações e coleta de planteis em razão da largura das estradas e da fragilidade das pontes. Além disso, a distribuição e o suprimento de energia elétrica são deficientes.
NOVA POLÍTICA
O presidente da Fiesc, Glauco José Corte, realçou que tão importante quanto as obra de infraestrutura reclamadas pela região é a formulação de uma política de apoio ao desenvolvimento do grande oeste catarinense - o que a Federação fará em parceria com a Unoesc para propor ao governo e a sociedade econômica barriga-verde. Essa política dará rumo ações públicas e privadas e indicará parcerias e projetos essenciais para a região. O dirigente considera vital assegurar a competitividade e a expansão das empresas instaladas no oeste e a atração de novos empreendimentos. Por isso, estarão previstos incentivos fiscais e materiais e a indicação de parcerias público-privadas.
Também participaram dos debates o secretário do Conselho de Integração Nacional da Confederação Nacional da Indústria - CNI, Flávio Castelo Branco; o secretário de Estado do Planejamento de Santa Catarina, Filipe Freitas Mello; o diretor executivo da Agenda 2020 do Rio Grande do Sul, Ronald Krummenauer; o coordenador geral dos fundos constitucionais de financiamento do Ministério da Integração Nacional Maurílio Alves Barcelos, o representante do BRDE Paulo Antoniollo e o consultor Richard Fogaça.