Um estudo da Tendências Consultoria Integrada, publicado pelo jornal O Globo esta semana, apontou o reflexo da crise econômica do país sobre as economias dos Estados. O estudo considerou as projeções dos PIBs estaduais para o biênio 2015/2016. De acordo com a pesquisa, 13 dos 27 Estados tiveram queda tão acentuada que voltaram ao patamar de 2010, anulando a expansão acumulada de 2011 a 2014.

Em Santa Catarina, apesar da crise nacional que trouxe grave retração econômica, a queda foi de 3,6% - a 8ª menor queda entre as 27 unidades da Federação. Em estimativa feita pela Secretaria, a queda seria ainda maior (4,2%). “Claro que Santa Catarina foi afetada, mas de forma bem menos severa que outros Estados. Nos vizinhos Rio Grande do Sul e Paraná, as quedas foram de 7,6% e 6,3%, respectivamente. O Espírito Santo, um dos poucos Estados que a exemplo de SC também não aumentou impostos, ficou com o segundo pior desempenho, com recuo de 11,5% do PIB no biênio analisado”, compara o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni.

O economista Paulo Zoldan, da Fazenda Estadual, lembra que Santa Catarina contribui com 4,2% do PIB brasileiro, mantendo a 6ª posição conquistada a partir de 2011. Entre as 27 unidades da Federação, Santa Catarina e Mato Grosso tiveram os maiores ganhos de participação no PIB nacional no período de 2002 a 2014, com 0,5 p.p. cada – atrás apenas de Minas Gerais (0,6 p.p.). A participação do Estado em 2014 – quando foi feita a última divulgação oficial do PIB - foi 4,2%, enquanto em 2002 era 3,7%. Ainda segundo Zoldan, entre 2002 a 2014, a variação real acumulada do PIB de Santa Catarina foi de 46% - abaixo da média brasileira, mas acima do crescimento da Região Sul.