quarta-feira, 23 de maio de 2012, às 13:47h.
Programa da Secretaria da Fazenda contribuiu com 54 alunos do Instituto Crescer que receberam certificado na noite desta terça-feira (22)
O Programa de Educação Fiscal da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina foi parceiro na formatura de mais uma turma do Instituto Crescer - Movimento Cidadania e Juventude, de Itajaí. A cerimônia de conclusão do curso ocorreu na noite desta terça-feira (22). Em dez meses de aulas sobre diferentes temas, realizadas no contraturno escolar, 54 jovens entre 16 e 18 anos mudaram completamente a perspectiva de futuro em relação ao mercado de trabalho.
O projeto foi fundado há sete anos e a seleção leva em conta a situação sócio-econômica das famílias dos jovens. O objetivo do instituto é oferecer oportunidades de crescimento pessoal e profissional aos alunos. Entre as disciplinas oferecidas aos estudantes está Educação Fiscal, programa coordenado pela Secretaria da Fazenda, além de noções de Comunicação e Expressão, Comportamento Social, Inglês, Informática, Saúde e Sexualidade, Empreendedorismo, Matemática Financeira, Psicologia e Mercado de Trabalho.
“Nosso objetivo é abrir o leque de oportunidade para esses jovens. A principal transformação que percebemos é a desenvoltura deles mesmos. No início são adolescentes assustados. Agora têm todas as condições de entrar no mercado profissional”, afirma a idealizadora do projeto, a professora aposentada Constância da Silva Anacleto, lembrando que, dos 54 formandos, 24 já estavam empregados e os demais estão com previsão de obter a primeira vaga nos próximos três meses.
Histórias de superação e aprendizado fiscal
Aos 18 anos, Caroline Vieira Miranda, Matheus Lemos dos Santos e Lílian Severino da Silva estão empregados em importantes empresas da região após terem passado pelo projeto do Instituto Crescer. As aulas de Educação Fiscal despertaram a atenção de Caroline que agora pretende cursar a faculdade de Ciências Contábeis. “Nós, como cidadãos, descobrimos durante as aulas de Educação Fiscal que podemos ter acesso às informações sobre o que é feito com os recursos públicos”, avalia a jovem.
Matheus atua há cinco meses como jovem aprendiz na área de Tecnologia da Informação. Ele conta que entrou no projeto sem saber o que queria seguir como profissão e as aulas o ajudaram a desenhar o caminho para o futuro profissional. As aulas de Educação Fiscal proporcionaram descobertas simples, mas muito interessantes. “Não sabia, por exemplo, que os servidores públicos tinham que pagar os mesmos impostos que a sociedade em geral. Sempre achei que, por trabalharem no governo, eles poderiam pagar menos”, conta Matheus.
Apesar de cursar faculdade de Letras, Lílian trabalha com lançamento de notas fiscais no Porto de Itajaí e revela que tem aprendido a gostar de números em função do emprego conquistado por meio do projeto. “Aprendi a conferir as notas. Saber se está tudo certo para a empresa. Aprendi que também é preciso conferir as minhas. Se eu quero a garantia de um produto que comprei e não tenho nota, como vou fazer?”, diz Lílian.
Cidadãos mais críticos
De acordo com o coordenador do Programa de Educação Fiscal da Secretaria da Fazenda, Lourenço Sogabi, as aulas foram ministradas pelos próprios servidores fazendários em instalações cedidas pela Univali (Universidade do Vale do Itajaí), outra grande parceira do instituto. Professor na área do Direito Tributário, o reitor da universidade, Mário César dos Santos, considera fundamental para os jovens terem acesso a esse tipo de informação. “Faz parte da condição de cidadão que precisa conhecer o sistema tributário como um todo, principalmente as incidências dos impostos, a competência de cada Fazenda. Isso os tornará adultos mais críticos em relação à aplicação dos recursos públicos”, ressalta o reitor.
Concurso de redação
Durante os dez meses de curso foi realizado um concurso de redação sobre Educação Fiscal com foco no Observatório Social de Itajaí. A jovem Paula Renata conquistou o primeiro lugar e recebeu das mãos do coordenador Lourenço Sogabi um presente oferecido pelo Observatório Social. Os estudantes Henrique Miranda e Elizabeth Mateus ficaram com o segundo e terceiro lugares, respectivamente.