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Histórico do Prédio Sede

O MAJESTOSO PALÁCIO DAS SECRETARIAS

A elaboração deste trabalho tem por objetivo preservar a memória e levar ao conhecimento dos colegas fazendários e também aos catarinenses, um dos acontecimentos mais importantes ocorridos na história de Santa Catarina, em que fez parte a Secretaria de Estado da Fazenda, desde a implantação da Provedoria da Província, até a construção do Palácio das Secretarias, hoje edifício sede da Secretaria de Estado da Fazenda, o qual, em 7 de setembro de 2005, completará 50 anos. Além da luta pela preservação do patrimônio do Estado, que deveria sem sombra de dúvidas, ser tombado como patrimônio histórico, artístico e arquitetônico da nossa capital.

Florianópolis, 28 de março de 2005.

Coordenação do Memorial da Secretaria de Estado da Fazenda

Aos catarinenses e aos amigos da GERAR/DIAT/SEF, deixo um fragmento do discurso proferido pelo senhor Dr. Aroldo Carneiro de Carvalho, Secretário de Estado da Viação e Obras Públicas, no ato inaugural.

“Na argamassa com que se assentaram os tijolos, há bagas de suor dos lavradores do Oeste, e dos mineiros do Sul e dos operários do Vale do Itajaí, da Serra e do Norte, há esforço abnegado e anônimo de humildes pescadores e de comerciantes, funcionários, industriais. Mas há também, em todos os detalhes da construção – na sobriedade das linhas arquitetônicas, na segurança inspirada pelo todo, no conforto e economia que vai proporcionar, na possibilidade agora obtida de organizar-se, em bases racionais o serviço público; na comodidade doravante oferecida aos contribuintes, há nisso tudo, sem dúvida, o traço inconfundível, a marca indelével do governo de um verdadeiro estadista – o Senhor Irineu Bornhausen.”

A localização

Para contarmos a história do edifício sede da Secretaria de Estado da Fazenda, é preciso retornar ao início da colonização da ilha de Santa Catarina, quando aqui chegou o Brigadeiro Silva Paes, primeiro governador da Província de Santa Catarina (7/03/1739 – 2/02/1749), para erguer o sistema de defesa, com as construções das fortalezas e principalmente a sede do governo da província.

Pesquisando o livro “Do Palácio Rosado ao Palácio Cruz e Sousa”, de Manoel Gomes, descobri que no local onde atualmente ele encontra-se erguido, também residiu o Brigadeiro Silva Paes, numa casa pequena cujo pé direito não teria mais que 12 palmos, e que servia também de Provedoria da Província.

Outro comentário a respeito do local foi encontrado no livro “Florianópolis – Memória Urbana”, de Eliane Veras da Veiga, como segue:

“A primeira sede do Palácio do Governo foi uma “casinholha” muito acanhada (...) que não tinha mais de 12 palmos de pé direito”, construída na esquina do Largo da Matriz com a rua Tenente Silveira, que abrigou também a Provedoria Real. Foi demolida entre 1800 e 1805 e, ainda no século XIX, seu terreno foi tomado pelo alargamento daquela rua.”

(Fonte: “Florianópolis – Memória Urbana”, de Eliane Veras da Veiga – 1993, p 191.)

Outro documento datado de outubro de 1935, apresenta como proprietárias do terreno, de área total de 158,76m², as senhoras Maria Assulina de Oliveira e Maria Otilia de Oliveira. Este terreno localizava-se na esquina da rua Tenente Silveira com a rua Trajano.

Depois, mais dois imóveis foram comprados pelo Governo do Estado (foto abaixo), durante o governo de Nereu Ramos, autorizados pelos Decretos n.ºs 61, de 13/09/1935 e 53, de 29/08/1936, sendo proprietário do primeiro a Venerável Ordem 3a. de São Francisco da Penitência, no valor de R$ 82:000$000 (oitenta e dois contos de réis) e o segundo o senhor Venceslau Freyesleben e sua mulher, no valor de R$ 42:000$000 (quarenta e dois contos de réis).

Este sobrado de dois pavimentos, abrigou a outro órgão público. Nele se encontravam instaladas a Secretaria de Estado da Viação e Obras Públicas e a Diretoria de Estradas de Rodagem até o final dos anos 40.

(Esquina da rua Tenente Silveira com Praça XV – Fonte: IPUF)

O prédio atual encontra-se erguido na esquina da rua Tenente Silveira, antiga rua do Governador, com a Praça XV de Novembro, dentro de um perímetro histórico, ladeado pelo Museu Histórico de Santa Catarina (antigo Palácio de Despachos) e a Catedral Metropolitana, no centro de Florianópolis.

(VISTA DA ESQUINA AO FINAL DOS ANOS 40)

(Planta de levantamento topográfico – DEINFRA – DEOH)

No início dos anos 50, a estrutura organizacional do Estado, era composta pelas Secretarias de Estado dos Negócios do Interior e Justiça, Educação e Saúde, Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda, Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública e Secretaria de Estado dos Negócios da Viação, Obras Públicas e Agricultura.

A Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda tinha dentro de sua estrutura o Tesouro do Estado, sendo que o mesmo funcionava na rua João Pinto, local onde hoje encontra-se o edifício ocupado pela Secretaria de Estado da Educação e Inovação. Até a inauguração do Palácio das Secretarias, em 7 de setembro de 1955, a Secretaria da Fazenda ocupava o primeiro andar no Palácio Rosado, chamado assim até a entrada em vigor da Lei nº 5.512, de 20 de fevereiro de 1979, que deu nova denominação ao Palácio dos Despachos, passando a denominar-se “Palácio Cruz e Sousa”.

(Prédio do Tesouro do Estado – Rua João Pinto)

Em 31/01/1951, assume o Governo do Estado o Senhor Irineu Bornhausen, e Santa Catarina viveram um grande momento político. Durante seu governo (1951 – 1956), Santa Catarina transformou-se num grande canteiro de obras e dentre elas, a construção do majestoso Palácio das Secretarias.

Já em 1952, sentindo a necessidade de alojar suas Secretarias de Estado em um único local, e assim livrando os cofres públicos dos pesados aluguéis, é enviada então, Mensagem à Assembléia Legislativa, apresentada pelo Governador Irineu Bornhausen por ocasião da abertura da Sessão Legislativa de 1952, onde consta às folhas 84 – Construção e Reforma, da Secretaria de Estado da Viação, Obras Públicas e Agricultura, responsável pela execução das obras do governo.

“Construção e Reforma:
Para o exercício de 1952, esta programado, além do prosseguimento das obras já iniciadas, a construção do Grupo Escolar de Tijucas, do prédio para as Secretarias de Estado e o reinicio das obras dos Grupos Escolares de Uruguai, Piratuba e Tangará.”

Ainda em 1952, o governo do Estado assinou Contrato de Administração de Serviço com a firma Moellmann & Ráu Ltda., para a construção de um edifício destinado às Secretarias de Estado, através do Decreto nº 426, de 12/09/1952, publicado no Diário Oficial do Estado no dia 18/09/1952.

Uma obra com os seguintes números:

  • Custo ao Tesouro Estadual: Cr$ 23.000.000,00
  • Custo médio do M²: Cr$ 2.856,40
  • Mão de obra: Cr$ 4.500.000,00
  • Metros quadrados: 8.000 m²
  • Tijolos: 770.000
  • Sacas de Cimento: 16.675
  • Pedras britadas: 1.803 m³
  • Quilos de Cal: 309.000
  • Quilos de Ferro: 244.766
  • Tempo da Obra: 740 dias ou 2 anos e 7 meses

(vista do centro da capital, no início dos anos de 1950, onde se vê ao centro o prédio em construção)

(Planta de corte transversal A – B / Projeto Palácio das Secretarias –1952)

O Governo de Irineu Bornhausen foi marcado por grandes obras de modernização na administração estadual, onde muitos edifícios públicos foram inaugurados ao final de seu mandato. Os jornais da época traziam diariamente com grande entusiasmo notícias destas inaugurações, e assim noticiaram a inauguração do Palácio das Secretarias, que ocorreu às onze horas do dia 7 de setembro de 1955. O Governo, através da Secretaria de Viação e Obras Públicas, com praticamente um mês de antecedência, vinha convidando o povo em geral para participar do ato inaugural.

(Convite publicado em jornais da época)

Jornal A GAZETA, 7 de setembro de 1955.

“O dinamismo de um governo honesto e fecundo se concretiza em mais uma realização de vulto o Palácio das Secretarias, que hoje se inaugura, será marco indelével do maior governo catarinense nos últimos vinte anos.
Construída inteiramente com verbas orçamentárias, atesta essa majestosa obra a excepcional situação financeira do Estado.
Inaugura-se hoje, solenemente, o magnífico edifício das Secretarias de Estado.
Obra sólida, imponente, erguida no coração da cidade, a cujo aspecto urbano veio dar novas características, o Palácio das Secretarias é mais uma das notáveis realizações do fecundo e benemérito Governo do Sr. Irineu Bornhausen, cuja preocupação máxima tem sido o bem estar da coletividade catarinense, promovendo, nesses cinco anos de administração honesta, no Estado, a instalação de obras e serviços públicos necessários, que há muito eram reclamados, mas que a criminosa incúria de governantes, despidos totalmente de espírito público, ia adiando indefinidamente, com graves prejuízos até para a economia estadual.
O Edifício das Secretarias do Estado, hoje incorporado ao patrimônio de Santa Catarina, como uma das peças mais valiosas, é desses empreendimentos públicos que, por si só, definem e exaltam um governo que como o do Sr. Irineu Bornhausen, soube compreender as aspirações de laborioso povo, cansado de ser ludibriado por outros governantes, e transformá-las nas mais palpáveis realidades, para honra sua e orgulho da nossa gente.
É exatamente do orgulho e sentimento que vai, na alma dos catarinenses, particularmente na do povo da Capital, pela concretização dessa obra monumental, com que o Sr. Irineu Bornhausen dotou nossa cidade, destinada a dar guarida às diversas secretarias e as suas repartições subordinadas.
Sobre ser elemento indiscutível de embelezamento de nossa urbs, pelas suas linhas arquitetônicas de majestosa sobriedade, o edifício das Secretarias do Estado virá proporcionar aos cofres estaduais substancial economia, com o cancelamento de despesas de aluguéis de prédios ocupados por diversos serviços públicos, despesas essas que anualmente montam a mais de um milhão de cruzeiros. Deve-se registrar, igualmente, a economia de tempo que representa a centralização de importantes serviços num só edifício, principalmente para aqueles que, residindo no interior, aqui tem assuntos a tratar nos vários departamentos estaduais.
Só essas vantagens, rapidamente apontadas num breve registro de imprensa, bastariam para justificar a grande iniciativa do Governador Irineu Bornhausen, mandando construir na Capital do Estado um edifício do porte do que hoje se inaugura, sob as mais justas expansões de orgulho e alegria que nesta data, estamos certos, não negará ao benemérito governante os aplausos mais sinceros e veementes a que ele faz jus, pela realização dessa obra extraordinária, que assinalará, pelos tempos em fora, à presença ao leme da nau do Estado, de um timoneiro honesto, lúcido, arguto e patriota, que soube conduzir o destino seguro do povo que às suas mãos limpas e firmes entregou o seu futuro, confiantemente.”

O mesmo texto acima, foi também noticiado no dia 06/09/1995, no jornal Diário da Tarde, de propriedade do ex-governador Adolfo Konder.

Com fotos de diversos ângulos do majestoso edifício das Secretarias de Estado, o jornal Diário da Tarde, de 8 de setembro de 1955, traz a seguinte manchete:

“De parabéns o povo de Florianópolis
Sim, o povo de Florianópolis está de parabéns, pela maneira entusiasta com que participou de todas as solenidades da inauguração do Alteroso Palácio das Secretarias. Verdadeira multidão aglomerou-se nas imediações do Edifício para aplaudir sua conclusão, numa demonstração pública de que sabe prestigiar os amigos do progresso da Capital, e, ainda num formal protesto contra aqueles que, politicamente derrotados, tem procurado desfazer da importância dessa obra, que é o maior ornamento da Cidade.
Parabéns, Povo de Florianópolis.”

O Jornal a GAZETA, de 9 de setembro de 1955, com o mesmo entusiasmo trazido desde a inauguração das obras do governo de Irineu, relata assim o ato inaugural:

“GOVERNO E POVO IRMANADOS no mesmo júbilo, na inauguração do Palácio das Secretarias do Estado.
Após assistir, com o Comandante da 5ª I/D, Gal. João Batista Rangel, do Comandante do 5º Distrito Naval, Almirante Paulo Bosisio, do Sr. Arcebispo Metropolitano Joaquim D. de Oliveira, e de outras autoridades civis e eclesiásticas, ao desfile das gloriosas Forças Armadas, do palanque frente ao quartel militar, em homenagem ao Dia da Pátria, o governador Irineu Bornhausen e esposa, acompanhados de Secretários de Estado, e povo, inaugurou, às 11 horas de ante-ontem, o majestoso Edifício das Secretarias do Estado."

No ato da inauguração, o Secretário da Viação e Obras Públicas, Dr. Aroldo Carneiro de Carvalho, proferiu discurso, prestando contas dos dinheiros públicos empregados na construção da obra, que assinala marco de administração, na Capital, que honra o governo e o povo catarinense.

(Secretário Aroldo de Carvalho em seu discurso)

O discurso do ilustre Secretário da Viação e Obras Públicas, ouvido com interesse geral, em o qual sua Excelência, expõe, com clareza, todas as fases da construção, desde o início até aquele momento, foi grandemente aplaudido. Após desatar o Governador Irineu Bornhausen a fita verde-amarela, inaugurando, assim, aquele majestoso edifício, seguiu-se, no grande “Hall”, a homenagem da firma Moellmann & Ráu Ltda., ao Chefe do Executivo e ao Secretário da Viação e Obras Públicas, com a inauguração da placa em bronze, com o perfil do governador, onde se lêem os seguintes dizeres: “1951 – Edifício das Secretarias – 1956 – Construído na gestão do Governador Irineu Bornhausen, sendo Secretário da Viação e Obras Públicas o Dr. Aroldo C. de Carvalho”.

Nesse ato, o Dr. José da Costa Moellmann, chefe da firma construtora do edifício, em improviso, disse da razão da homenagem, afirmando que a firma entrega, no prazo fixado, ao governo, obra tão majestosa que é marco de uma administração honrada e de trabalho. Em seguida, a Sra. Irineu Bornhausen descerrou a bandeira que cobria a placa, sob aplausos gerais, feito o que foi, no último andar, oferecido aos presentes um coquetel.

Falava também o jornal A GAZETA, de 9/09/1955, sobre a questão da honestidade com o trato da coisa pública e também do Governador, dizia assim a matéria:

“O Segredo está na honestidade
Os homens que, em 50, foram apeiados do Poder, pela soberana vontade do povo altivo de Santa Catarina, estão desorientados pelos fatos concretos da administração do Governador Irineu Bornhausen.
E vem para os jornais e para as emissoras, que ainda lhes restam, vociferar numa campanha imoral, pretendendo desmerecer da ação benéfica do atual governante que, visando apenas o emprego dos dinheiros arrecadados, com o pontilhar todo o território catarinense de obras úteis à coletividade, se tem revelado o maior dos governantes no período desses 20 anos.
É que não podem compreender como o Estado, de receita que não vai além dos 500 milhões de cruzeiros, tenha realizado tanto em tão curto espaço de tempo, mais dos que aqueles que administraram, por força de circunstâncias especiais, de todos conhecidas, as coisas públicas, apresentando, como fachadas apenas, quais absolutamente nada, em relação ao atual governo. E não compreendem, porque não o desejam, que um governo com arrecadação assim tão pequena, consiga dar ao povo catarinense, mais do que eles, quando no Poder, em 20 anos... E não compreendem por que se sentem diminuídos ante a força dos fatos. Sentem-se diminuídos e – porque não dizê-lo – até humilhados.
Mas o segredo está na honestidade do Governador. Na honestidade repetimos, e no interesse em servir ao povo que lhe confiou, em 50, a direção dos negócios públicos. E esse segredo, há de ser, em Santa Catarina, a segurança do prestígio desse governador, Sr. Irineu Bornhausen, por anos afora.
A inauguração do majestoso edifício das Secretarias do Estado, há pouco realizada, é obra que fala de maneira concreta, da honestidade do governante e do seu propósito de bem servir à Senta Catarina.
Ei-la imponente, ei-la majestosa, afirmando, a esta geração de homens e as futuras, que o Sr. Irineu Bornhausen, soube ser, de fato, sem contestação, o maior dos governantes catarinenses nesses últimos 20 anos de vida político-administrativa de nossa terra.
Seus adversários pretendem negar o que todos vimos e sentimos, na grandiosa administração que orgulha Santa Catarina e se reflete, lá fora, de maneira a honrar o próprio povo barriga-verde e projetar o seu Estado natal.”

Ainda sobre a inauguração, o jornal A GAZETA, de 11 de setembro de 1955, transcreveu o belíssimo discurso proferido pelo Sr. Secretário de Viação , Obras Públicas e Agricultura, Dr. Aroldo Carneiro de Carvalho, com a seguinte manchete:

NOTÁVEL EMPREENDIMENTO EM BRILHANTE ORAÇÃO.

“O Dr. Aroldo C. de Carvalho, dd. Secretário da Viação, Obras Públicas, na inauguração do Edifício das Secretarias, proferiu a brilhante oração que inserimos a seguir:
Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembléia Legislativa, Excelentíssimo Senhor Presidente do Tribunal de Justiça, Excelentíssimo Senhor Presidente do Tribunal Eleitoral, Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Arcebispo Metropolitano, Excelentíssimo Senhor Almirante do 5.º Distrito Naval, Excelentíssimo Senhor Comandante da Infantaria Divisionária, Excelentíssimos Senhores Secretários de Estado, Excelentíssimos Senhores Deputados, Excelentíssimas Autoridades Eclesiásticas e Civis, Excelentíssimas Senhoras e Senhoritas.
Meus Coestaduanos,
No dia 7 de setembro festivo e de júbilo para o povo brasileiro, quando evocamos figuras tutelares da nacionalidade e retemperamos o civismo nos admiráveis exemplos históricos que então contemplamos o Governo do Estado, homenageando a um tempo, os vultos da independência e a brava gente catarinense, inaugura em caráter oficial, o Edifício das Secretarias. Necessidades imperiosa, ditada pelo desenvolvimento do serviço público e pela urgência da sua modernização, não compreenderia Santa Catarina do futuro que houvesse passado desapercebida ao Governo do Senhor Irineu Bornhausen. Se atravessamos fase de reorganização de progresso, se foram saneadas as finanças e não há dúvidas porque continuar o Governo como locatário das casas residenciais, distribuídas as diversas Secretarias e Repartições subordinadas em dez ou doze próprios particulares que custam ao erário público cerca de setecentos mil cruzeiros por ano? Dificultam, embaraçam e retardam o andamento do serviço causando transtorno aos contribuintes, não seria possível continuar.
O interesse coletivo ditou a construção, legítimo orgulho de Florianópolis, e como a Ponte Hercílio Luz, fator de vinculação da Capital à Ilha. Iniciadas as obras há dois anos e sete meses, sem interrupção nos trabalhos, eis concluído o Edifício que custou ao Tesouro Público cerca de 23 milhões de cruzeiros. São mais de oito mil metros quadrados de área ao custo médio de Cr$ 2.856,40 o metro quadrado, baixo em face aos preços vigorantes e às constantes altas nos materiais e mão de obra.
Custeada, exclusivamente, com recursos do Governo do Estado, sem empréstimos ou financiamentos, está integralmente pago e não constituirá ônus ou encargos aos governos que se sucederem ao atual, mas muito pelo contrário, possibilitará considerável economia. Foram empregados na obra 244.766 quilos de ferro; 16.675 sacas de cimento; 1.803 metros cúbicos de pedras britadas; 770.000 tijolos; 309.000 quilos de cal.
Foram despendidos cerca de quatro e meio milhão de cruzeiros em mão de obra.
No edifício serão abrigadas todas as Secretarias de Estado, e grande parte de repartições subordinadas, inclusive, Tesouro, Coletoria da Capital, Departamento de Estradas de Rodagem, Diretoria da Produção Animal e Vegetal e outras.
É sem dúvida, um verdadeiro monumento à operosidade da gente catarinense!
Uma síntese feliz, moldada em cimento, entalhada em granito, da situação de Santa Catarina no governo do Senhor Irineu Bornhausen! Na argamassa com que se assentaram os tijolos, há bagas de suor dos lavradores do Oeste, e dos mineiros do Sul e dos operários do Vale do Itajaí, da Serra e do Norte, há esforço abnegado e anônimo de humildes pescadores e de comerciantes, funcionários, industriais. Mas há também, em todos os detalhes da construção – na sobriedade das linhas arquitetônicas, na segurança inspirada pelo todo, no conforto e economia que vai proporcionar, na possibilidade agora obtida de organizar-se, em bases racionais o serviço público; na comodidade doravante oferecida aos contribuintes, há nisso tudo, sem dúvida, o traço inconfundível, a marca indelével do governo de um verdadeiro estadista – o Senhor Irineu Bornhausen.
Depois da restauração das finanças públicas com pagamento de dívidas vindas de períodos anteriores; depois da construção de quase uma centena de grupos escolares e de igual número de pontes; depois da importação de equipamento rodoviário e da construção de estradas; postos de saúde; postos policiais; postos de suinocultura; depois da chegada ao Estado da primeira patrulha de mecanização agrícola, restava, como a coroar um período de governo dos mais profícuos já vividos pela terra catarinense, a edificação deste marco. Marco de trabalho, honestidade e arrojo; amor à causa pública e devoção à terra catarinense; marco de abnegação e espírito de sacrifício a assinalar a presença do povo no governo de Santa Catarina, com Irineu Bornhausen.
Secretário de Viação e Obras Públicas, neste ato inaugural cumpro o dever de ressaltar os esforços dos administradores da obra, senhores Moellmann e Ráu, como também o valioso concurso dos trabalhadores catarinenses, mestres e operários, que durante quase três anos aqui empregaram toda a sua dedicação e zelo profissional.
Excelentíssimo Senhor Governador do Estado:
Eis o Edifício das Secretarias, idealizado no seu governo, concretizado no seu governo.
A Vossa Excelência, Senhor Irineu Bornhausen, cabe cortar a fita auri–verde entregando esta casa, ao serviço público, à coletividade catarinense.”

E sobre a empresa construtora do edifício sede da Secretaria da Fazenda, foi assim noticiado em 11 de setembro de 1955, também pelo jornal A GAZETA:

“MOELLMANN & RÁU LTDA.
Grande organização de Engenharia e Arquitetura, cujo seu admirável conceito é devido ao notável êxito de suas atividades e idoneidade profissionais.
A margem da recente inauguração oficial do majestoso Palácio das Secretarias, cabe e é justa uma referência muito particular aos engenheiros construtores, que através daquela monumental obra, deixam marcas brilhantes e solidamente, mais uma grandiosa etapa de sua fecunda e honesta atividade. Sabe-se que a gigantesca construção foi confiada à conceituada firma com sede nesta capital, - MOELLMANN & RÁU LTDA. Acentua-se, pois, esta significativa particularidade, que põe em relevo a idoneidade profissional e moral duma empresa de engenharia arquitetônica de Florianópolis.
Dois abalizados engenheiros compõem como técnicos e responsáveis, essa poderosa organização construtora. São eles os Srs. José da Costa Moellmann e Wolfgang Ludwig Ráu, que de par com largos créditos profissionais de que desfrutam em todo o Estado, gozam de real e sólido prestígio social. Devem-se-lhes, já muitas grandes construções, não só nesta capital, onde ainda recentemente o importante Cinema São José, construído e inaugurado, como em outras cidades catarinenses.
Projetos e construções da conceituada firma Moellmann & Ráu Ltda. Espalham-se por todo Estado, como os seguintes: Cine São José, em Florianópolis; Cine Glória, no Estreito; Cine Coliseu, em Brusque; Cine Lohse, de Tijucas; Cinemascope no Ritz, de Florianópolis; e no Cine Mussi, da Laguna; palacete residencial do Sr. Nagib Mattar, em Florianópolis; do industrial Luiz Batisttotti, ainda em Florianópolis; Edifício “A MODELAR”, residência do Dr. Antônio Santaella, do Dr. Gilberto Guerreiro da Fonseca, também em Florianópolis; construção do Ambulatório Médico do IAPC; reforma e adaptação prédio da Faculdade de Farmácia e odontologia; projeto e construção da Organização DODGE, no Estreito; projeto e construção das casas residenciais dos Srs. Manoel Alfredo Barbosa, Aci Cabral Teive, no Estreito; Francisco Lima, Silvio Silva, Dr. Ernesto Giorno e Ernesto Stodieck, nesta Capital.
Estão em andamento as seguintes obras: Edifício Mário, Edifício Grillo, prédio com 15 andares, cujas fundações serão iniciadas em breve; palacete do Dr. Edmundo Moreira; palacete de Osvaldo Machado; Edifício Irmãos Carioni, com 4 pavimentos, no Estreito; residência de D. Ivone Müller, residência do Sr. João Costa; prédio comercial para o Sr. José Cherem, no estreito e outros.
Há ainda em andamento projetos de edifícios de grandes proporções, quer nesta Capital, quer no interior do Estado, como Hospital de Lages, Clube em Tubarão, além de residências, um Ginásio em Urussanga, Maternidade Cônsul Renaux, em Brusque, Cinemascope em Brusque, e a importante empresa Moellmann & Ráu Ltda. Com efeito, dia a dia vai acrescentado a ampla área de suas obras novas realizações, que mais em evidência lhes põem o conceito e a capacidade de projeto e execução.
Congratulamo-nos com essa grande organização de engenharia e arquitetura pelo notável êxito de suas atividades e auguramos-lhe maiores conquistas, que são de prever ante a incontestável demonstração de sua proficiência, tanto do ponto de vista técnico, como do ponto de vista estético, que vem dotando a Capital de belíssimos e confortáveis edifícios.”

Manifestações pelos feitos promovidos pela administração de Irineu Bornhausen, foram também publicadas na imprensa, como a deste grupo de personalidades de Concórdia. Diz a nota publicada no Diário da Tarde, do dia 6 de setembro de 1955:

“Congratulações ao Governador pela inauguração do Edifício das Secretarias”

O Governador Irineu Bornhausen recebeu, ontem o seguinte telegrama:

“DE CONCÓRDIA. G. – No dia em que, festivamente, se inaugura o majestoso palácio das Secretarias, mais uma grandiosa obra do Governo de V. Excia. associamo-nos, jubilosamente, à espontânea manifestação que prestara a V. Excia. hoje o povo de Florianópolis, de admiração e agradecimento pelos serviços prestados ao nosso Estado, através da sua administração honrada, criteriosa e progressista. Saudações (a) Padre Amélio Caovilla, Pedro Harto, Hermes Hermínio Zanoni, Dirceu Baracho, Gustavo Gonzaga, Nelson Wittec, Atílio Hermes de Souza, Reinoldo Schawanbach, José Bogoni, Guerino Dallagnol, Osvino Kaiber Bassi e Primo Fopp.”

Ainda em 20 de setembro de 1955, a inauguração do Palácio das Secretarias era notícia nos jornais de grande circulação. O Diário da Tarde, trazia matéria do jornalista Vinícius de Oliveira, abaixo reproduzida:

“Mintam, difamem ou caluniem, quando e como quiserem, mas mandem a sinceridade, o bom senso e a justiça que proclame que, no honrado exercício do seu mandato, vem o governador Irineu Bornhausen pontilhando o Estado de úteis, fecundas e notáveis realizações. O majestoso edifício das Secretarias, por exemplo, construído em Florianópolis, irá economizar de aluguel por ano ao erário público cerca de setecentos mil cruzeiros. O governo, como antigo locatário de dez ou doze prédios particulares, onde se abrigavam diversas secretarias e repartições subordinadas, estava mal instalado e não podia por isso atender satisfatoriamente ao povo.
Com a efetivação agora desse novo empreendimento, todas as Secretarias de Estado e inúmeras repartições dependentes, inclusive o Tesouro, Coletoria da Capital, Departamento de Estradas de Rodagem, Diretoria da Produção Animal e Vegetal e outras, estão ali instaladas, para melhor facilidade e andamento dos serviços,em benefício da coletividade.
Cessem a pérfia e a exploração, corrente de alguns trombeteiros do despeito e da inveja, porque, segundo a confirmação acachapante de dados estatísticos insuspeitos, definitiva é a prova do progresso de Santa Catarina. Senão, vejamos que, depois da restauração das finanças públicas com o pagamento de dívidas vindas de períodos anteriores; depois da construção de quase uma centena de grupos escolares e igual número de pontes; depois da importação de equipamento rodoviário e da construção de estradas; postos de saúde, postos de suinocultura; depois da chegada ao Estado da primeira Patrulha Mecanização Agrícola, restava, como afirmou em eloqüente discurso o meu prezado amigo Aroldo Carvalho, operoso advogado e Secretário da Viação e Obras Públicas, como que a coroar um período de governo dos mais profícuos já vividos pela terra catarinense, a edificação desse marco de trabalho, honestidade e arrojo, que assinala hoje a presença do povo na administração Irineu Bornhausen, que o imponente edifício das Secretarias.”

A última modificação na arquitetura do edifício sede da Secretaria da Fazenda, ocorreu durante o governo de Esperidião Amin (1983/1987), sendo na época Secretário da Fazenda o senhor Nelson Amâncio Madalena, quando foi construído o ático, que serviria como refeitório para os servidores da Secretaria da Fazenda que não tinham condições de no horário de almoço, se deslocarem até suas residências, diminuindo assim, o custo com transporte coletivo.

No ato inaugural, em novembro de 1986, foi colocada uma placa de bronze com a seguinte mensagem:

“... QUE O ESTADO APOIE TODA E QUALQUER INICIATIVA QUE SE VOLTE AO BEM-COMUM.”
(UM COMPROMISSO SUSTENTADO NA CARTA DOS CATARINENSES)
Governo – Esperidião Amin Helou Filho
Construído na gestão do
Dr. Nelson Amâncio Madalena
Secretário da Fazenda

PARA OS SERVIDORES, ESPECIALMENTE AOS DE MENOR RENDA QUE PARTICIPAM DO “ALMOÇO COMUNITÁRIO”, INSTITUIÇÃO EXEMPLAR CRIADA E EM FUNCIONAMENTO DIÁRIO NESTE ÓRGÃO.

NOVEMBRO DE 1986

O refeitório, da proposta original, transformou-se em restaurante aberto à comunidade, tendo sido o mesmo desativado durante o governo de Vilson Kleinübing, na gestão do Secretário da Fazenda, Dr. Fernando Marcondes de Matos. O ático, em uma determinada época serviu como sala para capacitação dos servidores da SEF e de reuniões.

Em 1997, na gestão do Dr. Paulo Sérgio Gallotti Prisco Paraíso, iniciaram as reformas do prédio, do 1. º andar ao ático, sendo utilizando recursos provenientes do Programa Nacional de Modernização das Fiscalizações Estaduais – PNAFE, obtidos através do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID e o custo das obras de recuperação monta a valores que ultrapassam a cifra de seis milhões de reais e, também, recursos do Tesouro do Estado, tendo um custo aproximado em 700 mil reais. No ano seguinte, em 1998, foram efetuados compras de novos móveis e equipamentos como microcomputadores e nova rede telefônica. Nesta oportunidade, também foram trocadas a casa de força (R$ 140 mil) e a aquisição de novos elevadores, com um custo aproximado de 114 mil reais.

Atualmente, o ático atende os serviços de reprografia do Gabinete do Secretário e a Gerência de Planejamento Fiscal, subordinado à Diretoria de Administração Tributária – DIAT.

O GOVERNADOR

Irineu Bornhausen

15º Governador do Estado

De: 31/01/1951
Até: 31/01/1956 Naturalidade: Itajaí - SC Filiação: João Bornhausen e Guilhermina Bornhausen Data de Nascimento: 25 de março de 1896 Esposa: Maria Konder Bornhausen Filhos: Paulo Konder Bornhausen, Roberto Konder Bornhausen e Jorge Konder Bornhausen Falecimento: 11 agosto de 1974 – Blumenau - SC

Estudos e Graus Universitários

  • Fez seus estudos primários em sua cidade natal.
  • Prefeito Municipal de Itajaí de 1927 a 1930.
  • Prefeito Municipal de Itajaí de 1935 (reeleito).
  • Governador do Estado de Santa Catarina de 31/01/1951 a 31/01/1956.
  • Senador da República.

Atividades Parlamentares

  • Presidente da Câmara Municipal de Itajaí.

Principais Obras do Governo

  • Criou a Associação de Crédito e Assistência Rural do Estado (ACARESC).
  • Criação do Plano de Metas e Equipamentos.
  • Criou a Secretaria da Agricultura.
  • Construiu na Capital o Palácio das Secretarias.
  • Fez reformas no Teatro Álvaro de Carvalho (Capital).
  • Construiu o Palácio da Agronômica (Residência Oficial dos Governadores).
  • Deu início à fundação da Universidade de Santa Catarina.

Outras Informações

  • Candidato ao Governo do Estado de Santa Catarina em 1947, não sendo eleito.
  • Fundador da Pátria – Companhia de Brasileira de Seguros Gerais.
  • Despachante Aduaneiro – 1922 a 1932.
  • Fundador do Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina S.A.
  • Fundador da União Democrática Nacional – UDN em Santa Catarina.

SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA

Júlio Arquimedes Coelho de Sousa

Natural de Caxias do Sul, RS, filho de Coriolano Coelho de Sousa e de Antonia Machado Rosa C. de Sousa.

Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1936).

Transferiu-se para Caçador, SC.

Em 1944 filiou-se à campanha do Brigadeiro Eduardo Gomes pela Redemocratização do País, na União Democrática Nacional - UDN - DEPUTADO À ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO como suplente convocado à 2ª LEGISLATURA - (1951-1954). Foi Secretário de Estado da Fazenda (7.7.1955 - 31.1.1956). Foi Secretário de Estado da Viação e Obras Públicas (29.01.54 a 23.03.1954). Diretor Presidente das Centrais Elétricas de Santa Catarina - CELESC (30.1.1956 - 14.3.1959). Advogado do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (14.3.1959 - 8.10.1965). Ministro do Tribunal de Contas do Estado, substituto (1959).

OS CONSTRUTORES

José da Costa Moellmann

Nascido em 07 de novembro de 1897, na cidade de Florianópolis – Santa Catarina, filho de Eduardo Moellmann e Arícia da Costa Moellmann, neto de Karl Moellmann e Emyliana I. Moellmann.

Fez o curso primário na Escola Alemã da Congregação Evangélica da Igreja Luterana de Florianópolis, de 1904 a 1910. Estudou entre outras matérias o alemão, português, francês, história natural, história universal, geografia e matemática. Recebeu o “Atestado” escrito em alemão, em letra gótica.

O ginásio foi feito no Colégio Catarinense da Ordem dos Jesuítas do Brasil, de 1910 a 1914. Ali freqüentou também curso sobre orquestra e começou a estudar violino, conseguindo prêmio. Nessa época tomava parte, com seu violino, num conjunto musical que acompanhava a projeção de filmes mudos numa sala de cinema da cidade.

De 1916 a 1920 completou o curso de Engenharia Civil no Mackenzie College (filiado a University of New York).

Era Conhecido pela sua admiração à música, e principalmente aos concertos de Beethoven.

Certa vez recebeu de um colega, famoso poeta, uma fotografia original do compositor Carlos Gomes, com a seguinte dedicatória:

“Artistas por artistas sejam admirados.”

Para José da Costa Moellmann
de Epíteto M. Martins Fontes (poeta)

São Paulo, 17/10/1917 ”

Casou em 27 de novembro de 1924, com Ana Elisa Ribeiro, natural de São Paulo, também Mackenzista. Começou a freqüentar a Igreja Presbiteriana Unida. Era responsável pela regência do coro, tocava violino, organizava festas em datas comemorativas como as de natal, de consagração do coro, etc.

Voltou a sua terra natal em 1926. Bem mais tarde sua dedicação à música continua. Participou da Sociedade de Cultura Musical fundada a 1. º de junho de 1944, mantenedora da Orquestra Sinfônica de Florianópolis. Fez se concerto inaugural (violino) sob a regência de Sebastião Bousfiel Vieira no dia 06 de setembro de 1944. Incentivava sempre a vinda à cidade de orquestras, músicos, cantoras líricas, como Tebaldi e Bidu Sayão, pianista, etc.

José da Costa Moellmann trabalhou no Departamento de Estradas de Rodagem – DER de Santa Catarina de 1927 a 1930, abrindo estradas no interior do Estado.

Foi Prefeito Municipal de Florianópolis, de 1930 a 1935, fase de conflitos políticos. Houve um fato inusitado em sua gestão:

“Contrariando a vontade do povo, atrasado e conservador naquela época, cujo desejo era manter o transporte da cidade feito com bondes puxados a burro, viu-se obrigado a tomar uma medida drástica. Durante a madrugada os bondinhos foram jogados ao mar, e os burricos distribuídos aos pobres.”

Começa o progresso da cidade!
Foi Secretário de Estado da Fazenda de 1935 a 1938.Deixou o cargo por motivo de intervenções políticas na ocasião.

Mais tarde constituiu uma empresa de construções a Moellmann & Ráu (José da Costa Moellmann e Wolfgang Ludvig Ráu). São desta empresa as construções do Instituto Estadual de Educação, modelar casa de ensino de Florianópolis. O Edifício das Secretarias do governo e várias residências particulares.

Compartilhou politicamente com a antiga UDN – União Democrática Nacional.

Faleceu em 19 de abril de 1966, sempre achando que sua “Ilha de Santa Catarina” era a mais bonita do Brasil. Nela existe uma rua com o seu nome.

São suas filhas: Carmen Moellmann Santaella (viúva do Dr. Antônio Santaella, médico psiquiatra de renome em Florianópolis), Sônia Moellmann Consoni (esposa do Dr. Roldão Consoni, médico cirurgião, em Florianópolis), Beatriz Moellmann Ferro (viúva do Dr. Aderson Ferro, ex-advogado do Fórum do Rio de Janeiro) e Lígia Moellmann Doutel de Andrade (viúva do Dr. Armindo Marcílio Doutel de Andrade, ex-Deputado Federal e ex-Lider político do Rio de Janeiro). Deixou oito netos e doze bisnetos.

Wolfgang Ludiwig Ráu

Filho de Ludwig Ráu (arquiteto) e de dona Clara Ráu, de profissão projetista e construtor, nascido em Oppeln (Alta Silésia), a 03 de fevereiro de 1916, de nacionalidade brasileira, originariamente de cidadania suíça, por “jus sangüinis” paterno, em Zurich – Suíça.

Iniciou seus estudos (primário) na cidade de Halle na der Saale (Alemanha) 1923 – 1927.

Fez exame de admissão para o Segundo Ciclo, na “Ober-Realschulein de Franckischen Stiftungen”, também na cidade de Halle na der Saale (Alemanha) em 1927.

Freqüentou o “Reform-Real-Gymnasium Berlin-Lichtenrade”, em Berlim (Alemanha), de 1927 a 1930.

Emigrou com seus pais e irmãos para o Brasil em 1930 (Hamburgo – Rio de Janeiro – Santos – Itajaí).

Radicando-se a família em Lages – SC, ali trabalhou inicialmente como operário em curtume – 1930 – 1934.

Nesse período 30/34, aprendeu o idioma português, sem freqüentar aulas, para poder recomeçar e prosseguir seus estudos.

Cursou o Ginásio Catarinense, dos Padres Jesuítas, em Florianópolis, completando ali seu curso ginasial (1934 a 1937).

Escola Normal Superior Vocacional – Instituto de Educação de Lages – SC (1938).

Escola de Comércio de Santa Catarina, curso de Perito-Contador, em Florianópolis – SC (1938 a 1939).

Curso Complementar “Pré Engenheiro” no Ginásio Paranaense, em Curitiba – PR (1940 a 1942).

Aprovado no Exame Vestibular, no Curso de Engenharia Civil, da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba (1942).

Obteve registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura da 8 .ª Região, de “Projetista Licenciado sem limite” (1948).

Naturalizou-se brasileiro em 24 de outubro de 1939.

Prestou Serviço Militar (Infantaria) no EIM 321 em Curitiba – PR (1940/41).

Idiomas: Fala corretamente o português e o alemão e ainda o espanhol, francês, inglês e italiano, leitura correta, fala e escreve razoavelmente.

Na religião, não foi batizado por seus pais (protestantes), freqüentou em Lages (temporariamente também em Florianópolis) a cultos presbiterianos (Revs. Wright e Harry Midkiff) e participava de Escolas Dominicais e reuniões de sociabilidade de moços, - o que muito contribuiu para apressar a aprendizagem do idioma português.

Em 1942, por livre escolha, adotou a religião católica romana, batizando-se aos 26 anos, em Curitiba – PR, na Igreja de São Estanislau.

Atividades Profissionais:

Desenhista – Técnico da Seção de Engenharia do Departamento de Administração Municipal do Estado de Santa Catarina, sediada em Florianópolis (1938/1939).

Desenhista de Arquitetura na “Empreza Paranaense de Construções – Surugi & Colle, em Curitiba (22/02/1940 a 10/06/1942)".

Sócio Diretor e Projetista da “Construtora Lageana de Arruda & Rau Ltda., em Lages – SC (1946 a 1948)".

Sócio Diretor da firma construtora MOELLMANN & RAU LTDA., em Florianópolis – SC (1949 a 1966).

Sócio Diretor e Projetista da firma Wildi & Rau Ltda. Engenharia e Construções, em Florianópolis – SC (1967 a 1973).

Sócio Diretor Administrativo da firma Empreiteiros Wildirau Ltda., em Florianópolis – SC.

Sócio (Diretor – Substituto) da firma “Rio Branco Ltda.”, Empreendimentos em Florianópolis – SC.

Desenhista – Projetista Autônomo (Arquitetura) a partir de 1975, em Florianópolis e São José – SC.

Dedica-se, também, às artes plásticas (aquarelas e pinturas a óleo e acrílico sobre telas). Aposentado desde 1975, porém continuou em plena atividade profissional (projetos de arquitetura, construções, etc.).

Projetou e construiu até agosto de 1980, mais de quinhentos mil metros quadrados (500.000,00 m²), de praticamente todos os tipos de edificações, especialmente no Estado de Santa Catarina. Entre estas se contam 14 Cine – Teatros, 27 Igrejas e Capelas, cinco Hospitais, seis Hotéis, diversos Edifícios Públicos (entre eles o Palácio das Secretarias, hoje o edifício sede da Secretaria da Fazenda), dois grandes Institutos de Educação, vários Pavilhões Industriais, um Instituto Teológico, Campos Desportivos, Clubes Recreativos, vários Edifícios de grande porte (de até 20 pavimentos), grande número de prédios de apartamentos, um sem número de casas residenciais e construções comerciais, etc. Projetou também o Monumento ao Tratado de Tordesilhas, erguido em Laguna – SC, em 1975.

Foi também redator da Revista “I C – Indústria e Comércio de Santa Catarina”, como jornalista profissional.

Desde 1966 dedica-se a pesquisas históricas, do Brasil e da Itália (especialmente o século XIX), com diversas viagens no país e exterior. Pesquisou escreveu e publicou, por sua própria conta e às suas expensas, a obra biográfica documentada “ANITA GARIBALDI, o Perfil de uma Heroína Brasileira”, em 1975, resultado de sete anos de trabalho.

Concebeu e elaborou o Brasão de Armas do Município de Garopaba – SC, oferecendo-o (desenhos, descrição e bandeira bordada), gratuitamente à Prefeitura, cuja Câmara o adotou por lei municipal, em seu texto referindo o nome de seu autor.

Também concebeu e elaborou os Brasões de Armas dos municípios catarinenses de Tijucas, Porto Belo, Itapema e Videira (o de Videira por concurso público, obtendo classificação em primeiro lugar).

Organizou a Primeira Mostra Filatélica Maçônica do “Clube Filatélico Maçônico do Brasil”, como Presidente. Expôs na ocasião a sua Coleção Temática – Didática “José Garibaldi”, obtendo Medalha de Prata. (Festejos do Sesquicentenário da Independência do Brasil – Setembro de 1972).

Foi membro da Sociedade Literária “Luiz Delfino“, em Florianópolis, de 1938 a 1940.

Foi sócio fundador da Rádio Clube de Lages.

É sócio fundador da “Sociedade Catarinense de Belas Artes” desde 1961.

Foi membro do “Lions Clube Internacional” 1954 a 1968.

É Sócio Honorário Perpétuo da “Associazione Nazionale Veterani e Reduci Garibaldini Guisepe Garibaldi”, com sede em Roma, desde 1970.

É membro do “Grande Oriente do Brasil”, e do “Grande Oriente de Santa Catarina”, desde 1971.

É co-fundador do “Clube Filatélico Maçônico do Brasil”, sendo o seu primeiro Presidente (1972).

Distinções Especiais:

Medalha de Ouro do Mérito (Medaglia d`Oro di Emito) da República de San Marino (1972).

Título de “Cidadão Honorário de Laguna”, recebido em 7 de junho de 1975 (a respectiva votação na Câmara Municipal foi unânime).

Diploma do “Mérito Maçônico”, no grau de Serviços Distintos. (Após a entrega do Projeto arquitetônico para o “Palácio Maçônico” de doze andares, no Oriente da Capital, dispensando honorários profissionais. Grão-Mestre Miguel Christakis).

“Estrela do Mérito Garibaldiano” da Itália (Roma 1975).

Comenda do “Mérito Interaliado”, da França (Nice – 1976).

Recebeu o Diploma de “Personalidade Maior”, do Governo do Estado de Santa Catarina, em 1976. (Publicado o ato no Diário Oficial do Estado).

Recebeu “Medalha de Ouro” na Exposição Filatélica de Blumenau – SC, com Coleção Temática “Astronáutica”. Nesta época mantinha correspondência com o cientista dos foguetes espaciais Wernher von Braun, USA.

Atividades Especiais:

Hobbies: filatelia, numismática de medalhas, colecionismo de antiguidades (século XIX e início XX), objetos indígenas, artesanato rural, engenhos, jogo de xadrez, reflorestamento, urbanismo em loteamentos arborizados de médio porte (jardins), fotografia, trabalhos gráficos heráldica, etc.

Além da arquitetura, gostava de história. Mas encantou-se definitivamente ao conhecer a saga do casal Anita e Giuseppe Garibaldi. Segundo seu amigo de maçonaria, Antonio Carlos Marenga, ele começou a pesquisar e apaixonou-se pela heroína, pois era uma romance real.

Ráu costumava dizer que se encontrasse Anita, repetiria a célebre frase dita por Giuseppe Garibaldi quando a viu pela primeira vez numa cozinha na Barra da Laguna:

– Tens que ser minha!

O senhor Wolfgang Ludwig Ráu, morava no bairro Kobrasol, no município de São José - SC - faleceu em Florianópolis em 7 de fevereiro de 2009, aos 93 anos.

A foto acima, se trata de uma aquarela pintada pelo senhor Ráu, que ao final de cada obra realizada era produzida.

SERVIDORES LOTADOS NO PRÉDIO SEDE

MAX ROBERTO BORNHOLDT
SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA

LINDOLFO WEBER
DIRETOR GERAL DA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA

ABEL GUILHERME DA CUNHA
ADÉLIA MARIA FURTADO
ADEVAIR LIRA DA COSTA
ADRIANA CRISTINA TERRA
AGUIDA LIDIA DE FREITAS TEIXEIRA
AILTON FERNANDEZ DE MENEZES
AIRTON DO AMARAL
AIRTON MELLO
ALCINO GERALDI REDIVO
ALCIONEU OSVALDO DA SILVA
ALCIONEU OTILIO DA SILVA FILHO
ALDA ROSA DA ROCHA
ALDO AUGUSTO FINOTTI
ALDO HEY NETO
ALEXANDRE FERNANDES
ALMIR ANTONIO SCHMITT
ALMIR BEZ
ALTAIR BION
ALUÍSIO MIRANDA VON ZUBEN
ALVARO DIAS ZATARIAN
ALZAIR MENDES FELISBINO
AMILTON ANTONIO DE CARVALHO FILHO
AMILTON DO NASCIMENTO
ANA CRISTINA SOUZA W. MAZOTINI
ANA MARIA DUARTE
ANDRE LUIZ BAZZO
ANDREA CORREA TEIXEIRA
ANDRÉA CRISTINE SIQUEIRA
ANDREA GUIMARAES VIEIRA
ANIR FEDRIGO KLINGELFUS
ANISIO BEZ
ANTONIO CARLOS DE SOUZA
ANTÔNIO CARLOS OZOL
ARI JOSÉ PRITSCH
ARISTEU ADEMIR DE SOUZA
ARLEI DE FARIAS
ARTEMIO DE FAVERI
ARTUR CARLOS SCHUTZ
ASTY PEREIRA JÚNIOR
AUGUSTO BERTUOL
BERENICE DE C. TONELLI LARGURA
BRANI BESEN
BRUNO FERNANDO LOPES VENTURA
CAIO JAMUNDA
CARLETE WELTER HENKES
CARLOS ALBERTO QUARESMA
CARLOS JOSÉ SOARES TAVARES
CARLOS PEDRINHO ZIMMERMANN
CARLOS ROBERTO CAPELA
CARLOS ROBERTO COSTA
CARLOS SOUZA
CELSO NETO GARCIA
CINTIA FRONZA RODRIGUES
CIRO RAMON BRIGUENTE
CLARICE TAFFAREL
CLAUDIO ROBERTO CHIESA
CLEO CÉSAR XAVIER
CLEVERSON SIEWERT
CLOVIS BONASSIS JÚNIOR
CYNTHIA MACUCO FERREIRA
DAISY KRETZER DA SILVA ORLANDI
DALMA TEREZINHA LAPA
DENISE COELHO DA LUZ
DEONILDO PRETTO JÚNIOR
DINO HERCILIO DE AGUIAR FILHO
DIRCE MARIA MARTINELLO
EDELVITO FERREIRA JÚNIOR
EDGAR JOSÉ POLUCENO
EDGAR SCHNAIDER NETO
ÉDIO FLÁVIO ROSA
EDIO SILVA
EDMILSON JOÃO PEREIRA
EDMUNDO SIMONE NETO
EDNA MARIA PEREIRA
EDSON CARLOS CAMISÃO
EDSON FERNANDES SANTOS
EDSON MURILO PRAZERES
EDSON ROBERTO DE CASTRO SILVESTRE
ELIANA AMORIM ROSA
ELIANE DE SOUZA
ELIANE GONÇALVES VERÍSSIMO DE SOUZA
ELIANE MARIA TELLI
ELIO RAULINO DUARTE
ELIZABETH SANDRA P. DA SILVA
EMA BIZ SCHEIDT
EMANUEL DO NASCIMENTO E SILVA
ERASMO OLIVETTI FILHO
ERONILDA GERALDINA HOMEM
EUGENIO LUIZ VECHIETTI
EVANDRO DUTRA
FABIANE JORGE MOREIRA
FABIANO DE LIMA FARAH
FÁBIO JOSÉ DE SOUSA ROSA
FÁBIO RAMOS FIUZA
FABIO SARDÁ
FABRICIO BIFF COSTA
FERNANDO FÁBIO OLIVEIRA GOMEZ
FLAMARION DAMIANI
FLÁVIO AURÉLIO SANTOR
FLÁVIO FRANCISCO BONAN
FRANCISCO CARLOS NEVES DE SOUZA
FRANCISCO DUARTE DE SOUZA FILHO
FRANCISCO URUBATAN DE OLIVEIRA
FRANCISCO VIEIRA PINHEIRO
GERSON FLORÊNCIO ROSA
GERSON PEDRO BERTI
GERSON XIKOTA
GILMAR ALVES DOS SANTOS
GILMAR VALENTIN LICHTENFELZ
GISELI RAFAELI
GRAZIELA LUIZA MEINCHEIM
HEINZ GÜTHER GRUNWALD
HELOÍSA DE OLIVEIRA ALBANI
HELOISA MARA FERREIRA
HENRIQUE PIERRI
HERCILIO JANUARIO DA SILVA NETO
HIPOLITO DE MEDEIROS FILHO
IARA CRISTINA ROMANOVITCH
IARA MARIA PETERS L. DE OLIVEIRA
IEDA MARIA BORGES
ILESIA MARIA HEIDERSCHEIDT
INACIO ERDTTMANN
IRAM ALFREDO G. DOS SANTOS
IRMO SCHEIDT FILHO
ISAIR MARIA ALVES
ITAMAR BEZERRA DE MELLO
ITAMAR VIEIRA
IVO VIECELI
IVONETE GONÇALVES
JAIR ANTONIO SCHMITT
JAIR SILVEIRA
JAIRO LISBOA FILHO
JAMILER COSTA DE MELLO
JANE MARGARETH TEIXEIRA
JANE MARIA VIEIRA
JANIO BARACUHY MEDEIROS
JAQUELINE FURTADO SELL
JEALOUSY CUNHA
JOAO BATISTA GOULART P. DA ROSA
JOÃO CARLOS KUNZLER
JOAO DE BRITO ANDRADE
JOÃO MANOEL PATRÍCIO
JOÃO MAURICIO GONÇALVES CANDIDO
JOEL HENRIQUE DA SILVA
JONAS MIRANDA
JORGE JOSE FERNANDES
JORGE LUIZ SANTOS
JOSÉ AUGUSTO CARVALHO ROSA
JOSE DOS PASSOS M. MARCELINO
JOSÉ FLORENCIO DA ROCHA
JOSE LINCKS SIQUEIRA
JOSE MARCOS DA SILVA
JOSE NAZARENO DE SOUZA
JOSE OSNI LAPA
JOSIANE DE S. CORREA SILVA
JUCELI VIEIRA
JUCÉLIO DOS SANTOS
JÚLIA MARIA VALENTE NICOLAU
JUSSAMAR DE ARAUJO
KATIA MARIA VIEIRA
KATIA REGINA LEITE
KATIA REGINA LEMOS REINELLI
KATIA ROSA RAMOS
LEANDRO LUIZ DAROS
LEATRICE LIMA
LEDO BRAULIO LEITE JÚNIOR
LEILA REGINA B. NICOLAU
LEONORA LUZ PORTELA
LILIAN BOZZANO DERNER
LUCIANA DE ALMEIDA COELHO
LUCIANE SIRIDAKIS DA SILVA
LUIS EDUARDO DE SOUZA
LUIZ AUGUSTO CHAVES BOAL
LUIZ CARLOS QUINTINO
LUIZ CARLOS RIHL AZAMBUJA
LUIZ CARLOS ROCHA
LUIZ CARLOS SOUSA
LUIZ DOMINGO ADRIANO
LUIZ DOS PASSOS COSTA
LUIZ HENRIQUE D. DA SILVA
LUIZ SELHORST
LUIZA DOS ANJOS
LUZIA VIEIRA DA SILVA
MAISA SILVA BOTELHO
MANOEL BENTO
MANOEL FRANCISCO DE CARVALHO PAES DE ANDRADE
MANOEL MOREIRA
MANOEL SALENTINO MARTINS
MARCELINO J. BONARINO FIGUEIREDO
MARCELO MANOEL BARBOSA
MARCELO MONTEIRO MACHADO
MARCIA BALDANÇA SILVEIRA
MARCIA BRADACZ LOPES
MARCIO CASSOL CARVALHO
MARCIO LEON DA SILVA
MÁRCIO LUIZ LOHMEYER
MÁRCIO LUIZ PEDRO
MÁRCIO LUIZ PEREIRA
MARCOS GUESSER
MARCOS RODRIGUES DE QUADROS
MARCUS ANTONIO LEHMKUHL
MARIA CHRISTINA J. CARRIÇO MEDITSCH
MARIA CHRISTINA PINTO DA LUZ
MARIA DE LOURDES DUTRA
MARIA DE LOURDES FELTZ DEZIDERIO
MARIA DE LOURDES SANTOS
MARIO AUGUSTO CAPELA TAVARES
MARIO SÉRGIO STEFFEN
MARISA FARIAS LEITE DE AQUINO
MARISTELA REINERT
MARISTELLA PISSETTI
MARLI CATHCART DE SOUZA
MARLI SALVADOR SAGAZ
MAURICIO GONCALVES
MAURO SILVA
MAX BARANENKO
MAYRA DE CASTRO SOARES
MELZI CAVAZZOLA JÚNIOR
MICHEL SILVEIRA BRANDALISE
MICHEL WINKLER
MIGUEL AUGUSTO COLOMBI VILLAIN
MIRIA MENEZES
MIRIAM TEREZINHA DA SILVA
MOACIR JOSE DA COSTA
MYRTHIS PAULI GHISONI
NADIA MARGARETH SCHIEFFER QUADROS
NADIA REBELLO
NADIR DEBATIN
NAIR TEREZINHA DE AMORIM
NAIR WISINTAINER DA SILVA
NARA MARIA PEREIRA
NAZARÉ NICOLAÇA DA CUNHA
NAZARENO JUTTEL
NELSON EMÍLIO MORGA
NEUSELI JUNCKES COSTA
NILSON LEMOS
NILSON NUNES
NILSON PIRES
NILSON RICARDO MACEDO
NILSON RODOLFO SCHEIDT
NILTON DA LUZ
NILTON PIRES FILHO
NILTON SCHIEWE
NIRIVALDO FRANCISCO HOMEM
NIVALDO PIRES GOULART
NORA NEY LUZ FREIBERG
ODALCI BILK FILHO
ODILON EDUARDO SALLES MACIEL
ORIVAL LEOPOLDO MORAES
ORLANDO FERNANDES FILHO
OSVALDO SILVA FILHO
OTÁVIA DE OLIVEIRA MAY
OTAVIO SILVA
OZAMIR JOAO PEREIRA
PAULO BISPO DA SILVA
PAULO CESAR DE SOUZA
PAULO FERNANDO K. P. ALBUQUERQUE
PAULO ROBERTO SPINATTO
PEDRO JOSÉ DA SILVA
PEDRO MENDES
PROCOPIO ONORIO MARTINS
RAMON SANTOS DE MEDEIROS
RAQUEL GRECO B. DA C. RIBEIRO
REINALDO DI BERNARDI
REINALDO NERI PEREIRA
RENATA COUTINHO DO PRADO
RENATO ARSENIO SCHWINDEN
RENATO LUIZ HINNIG
RICARDO ALVES RABELO
RITA DE CÁSSIA GOMES BEZ
RITA DE CASSIA LIRA
RITA DE CÁSSIA RIBEIRO MORAES
RITA DE CASSIA S. DA SILVA FLORES
ROBERTO CUNEO PIMPAO
ROBERTO H. LICHTENFLZ
ROBERTO JOÃO CABRAL
ROBERTO PASCOAL RIBEIRO
ROGERIO ATAIDE DA SILVEIRA
ROGERIO DE MELO MACEDO DA SILVA
ROGÉRIO FELIPE PEREIRA
ROMÁRIO ARTUR FERREIRA
ROMUALDO GOULART
ROSEMARY PETRY DA SILVA
RUTE D'AVILA CAVALCANTI
SAMUEL ALCEBIADES SIMAO
SANDRA APARECIDA DE SOUZA
SANDRA MARA LESSA
SARA MACIEL GOULART BERTEMES
SEBASTIÃO LOURENÇO DE MEDEIROS
SEBASTIAO LUIZ PEREIRA
SÉRGIO DIAS PINETTI
SERGIO LUIS MIRANDA
SERGIO LUIZ AREAS
SERGIO LUIZ SIEBERT
SERGIO LUIZ SPILLER
SERGIO LUZ GOTTARDI
SÉRGIO ROBERTO GOUVEA
SIDNEY VENTURA
SILVANA DOS SANTOS ALVES
SILVANA VENTURA LICHTENFELZ
SILVANIA AUGUSTA COBALCHINI
SILVIO BERGLER
SILVIOIRÃ DOS SANTOS
SIMONE DE SOUZA BECKER
SORAYA MASSIGNAN
TANIA REGINA B. BEZ
TELBAS MAURI DA SILVEIRA
TELMA ELITA NOLASCO P. PRAZERES
TERESA AUGUSTA CORBETTA TAVARES
TEREZINHA COSTA
TEREZINHA FERREIRA VIEIRA
VALDIR MICHELON FILHO
VALMOR NOCETI
VANIO PEREIRA
VELOCINO PACHECO FILHO
VERA BEATRIZ DA SILVA OLIVEIRA
VERA LUCIA HAWERROTH SANTANA
VERA LUCIA NEVES
VERA LUCIA PIRES LIMAS
VILMA SOARES
VILMAR DA SILVEIRA
VILMAR JOAO PORTO
VILMAR SILVA DA ROSA
VILSON COLEHO
VILSON GESSI DA SILVA
VINICIUS EUGÊNIO CORAL
VOLNEI DE SOUZA NETO
WANDERLEI BRASIL DA SILVA
WANDERLEI KINCHESKI FILHO
WANDERLEI PEREIRA DAS NEVES
WANDERLEY PERES DE LIMA
WILMA NASCIMENTO NUNES
WILMAR KLAUBERG
WILSON HENRIQUE FETZNER FILHO
WILSON VANDERLINDE
ZAMIR CESARIO DA SILVA
ZELIA WESENDONCK BUNN
ZILDA MARIA GUIMARAES

A inclusão da lista dos servidores que trabalham no prédio sede tinha como objetivo render uma homenagem a todos os servidores que acompanharam toda reforma e modernização no ano de seu cinquentenário, mas, infelizmente fomos pegos de surpresa. Exatamente no dia 14 de agosto de 2005, fomos informados que deveríamos encaixotar todo nosso material e desligar nossos equipamentos, que no sábado (16/07/2005) seria efetuada a mudança de toda a Diretoria de Administração Tributária para o Centro Administrativo do Governo, instalado no bairro Saco Grande. A cessão de uso do prédio para Prefeitura de Florianópolis, foi feito através do Decreto n.º 3.381, de 5 de agosto, tendo validade de 36 meses, sem autorização do legislativo, por onde a matéria já transitou e foi retirada da votação da reforma administrativa.

No dia 18 de julho, segunda feira, nos reapresentamos em nosso “novo” local de trabalho e, o que vimos foi desesperador. Um amontoado de móveis, funcionários de empreiteiras ainda finalizando seus trabalhos, sem telefones, sem computadores e até sem água estivemos. O caos completo.

PESQUISA:

Edson Murilo Prazeres

Coordenador do MSEF

BIBLIOGRAFIA

SANTA CATARINA. Santa Catarina: revista de propaganda do estado e dos municípios. Florianópolis: Departamento de Administração Municipal, n.1, 1939.

Memória Urbana/ Eliane Veras da Veiga – Florianópolis: Editora da UFSC e Fundação Franklin Cascaes, 1993.

Do Palácio Rosado ao Palácio Cruz e Sousa – Quando, como, por que. – 2.ª ed. Ver. – Florianópolis – Imprensa Oficial – 1980. 77p: il.

Retrato Político de uma época: (1947 – 1960) /Paulo Konder Bornhausen. Florianópolis: Insular, 1999. 336p.; il.

Jornal A Gazeta – 1955 – Florianópolis – SC.

Jornal Diário da Tarde – 1955 – Florianópolis – SC

Jornal Diário Catarinense – 2004 e 2005 – Florianópolis – SC

Jornal A Notícia – 2004 e 2005 – Joinville - SC

Fotos:

Luiz Carlos Hill Azambuja

Edson Murilo Prazeres

Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis – IPUF